A obrigação da veracidade de uma religião é a
obtenção da compaixão divina, Segundo Pascal, nenhuma outra religião do mundo
fez isso exceto a cristã. A realidade antrópica do homem, seu verdadeiro
estado instintivo, a verdadeira vicissitude e a verdadeira fidelidade à
religiosidade são objetos cuja inteligência é indissociável.
A grandiosidade das realizações humanas bem como o
estado mais deplorável e desprezível de uma entidade deve ser comum à religião
verdadeira, a cristandade atende a esses requisitos.
Nas seitas pagãs, é prática comum a busca por
raízes de sua fé em exterioridades exorbitantes. Esse desenvolvimento
atitudinal almeja a conquista de pessoas hábeis intelectualmente. Ao passo que
o cristianismo, alavanca a equidade no trato com os seus seguidores, fundamenta
a fidelidade analítica tanto no sentido interior quanto no exterior. Ela
magnifica as classes mais abastardas por suas interioridades, a fé só pela crença
na salvação não exigindo uma compreensão total do Deus que se acredita, e os
intelectualmente beneficiados pela espiritualidade no desenvolvimento externo
da cristandade.
A aceitabilidade, aos deprimidos e moralmente
infelizes os homens que nutrem raiva e rancor em autoflagelo, foi realizada
exclusivamente pela fé cristã. A religião cristã demonstrou ser o homem o ser
mais próximo à perfeição e paulatinamente mais miserável da face da Terra.
Nossa religião discerniu que o pecado nasce com o ser humano carregado dos seus
antepassados. Deus se manifestaria grandiosamente se houvesse apenas uma
religião. E se por acaso houvesse martírios no cristianismo, somaticamente Ele
estaria presente.
A ocultação etérea da presença divina é corretamente
exorbitada na cristandade. Qualquer religião que omita esse fato estará
mentindo. A dialética analítica que o ser humano, enquanto agente exponencial
da vontade divina, afastou-se do seu soberano Deus caindo em uma situação de
desolação e tristeza, necessitando da autarquia da vinda de um Messias para
apaziguar lhes espiritualmente, veio do cristianismo. É notável ver que apesar
de todos os colapsos e pressões externas que o cristianismo sofreu, soube
prevalecer graças a auxilio divino, pois todas as vezes que por impulsos de
infiéis, lideres e ditadores dogmáticos a existência da cristandade esteve
perto da extinção, o poder divino deu potência para seu levante social.
Jesus Cristo veio para cumprir todas as profecias
bíblicas desde os primórdios terrestres com Adão. Fez grandes realizações
milagrosas, converteu diversos pagãos; provando a lenda do Messias por toda a
posteridade. Muitas religiões querem a aprovação avalizada mediante o
autoritarismo, ameaçando os desertores. A religião cristã, por sua vez, usa-se
sua retórica nas profecias embasadas na Bíblia.
As ações virtuosas devem ser reflexos dos discursos
humanistas das religiões. Ela deve ser o fio condutor de toda a postura do indivíduo perante sua sociedade. Sobre essa pontuação põem-se a criticar os
ímpios e blasfemos, que rotulam a fé cristã como deísta e superficial, uma
adoração sem qualquer simbolismo teórico. Deveras, enganam-se, pois a
fidelidade cristã parte da crença de um ser do qual não se conhece a
totalidade. Ela ensina que para o ser humano ter pleno conhecimento sobre o
amor divino, faz-se necessário uma passagem pela miséria tanto fica quanto
espiritual, para que com isso possa dar valor e temor ao seu Redentor. O
autoflagelo do reconhecimento pessoal de ser um sujeito soberbo, fútil e vago é
ponto para a absorção da religiosidade cristã no espírito. A
humildade é um dos caracteres mais exaltados pelos cristãos.