"Os que estão acostumados a julgar pelo sentimento, nada compreendem das coisas do raciocínio, pois querem logo chegar a a perceber com um golpe de vista e não tem o hábito de procurar os princípios.
E os outros, pelo contrário, que estão habitados a raciocinar por princípios, nada compreendem das coisas do sentimento, procurando nelas princípios e nem podendo vê-los em um golpe"
" O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza. Mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota, de água, bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria mais nobre do que quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso"
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1 comentário:
Neste fragmento, Pascal estabelece um um diferença significativa entre duas faculdades humanas quando se refere ao conhecimento que são "a razão e o coração". Essas duas faculdades são autónomas, tendo cada um a sua área de acção. O coração é responsável pela apreensão dos sentimentos e os primeiros princípios, e a razão é responsável pelas demonstrações lógicas.Sendo assim, e segundo Pascal é desnecessário que o coração peça provas a razão, assim como a razão está impossibilitada de pedir provas dos sentimentos ao coração.
Por isso as pessoas que se deixam guiar pelos sentimentos "coração", faculdade essa que capta as coisas de forma mediata,não conseguem analisar racionalmente "razão" os mesmos problemas, tendo em conta, que para isso baseiam em princípios que estão fora da esfera do coração, e que são apreendidos de forma imediata...
Portanto, "O coração tem suas razões que a pr´pria razão desconhece" - Pascal
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