Descartes é um filósofo
de grande importância na formação do pensamento Moderno e na formação da própria Ciência Moderna. Começa por duvidar de tudo, dos sentidos, que são enganadores,
formulando o racionalismo.
O método proposto, consistia da filtragem de todas as suas
ideias, eliminando aquelas que não se afigurassem como verdadeiras e fossem
dúbias, e apenas retendo as ideias que não suscitavam qualquer tipo de dúvida.
Segundo Descartes, devemos duvidar de tudo, e por duvidar de tudo (Dúvida metódica), instrumento metodológico para chegar à verdades absolutas, acaba por formular o
princípio “Cogito, ergo sum” Porque
duvidando de tudo acaba por não poder duvidar de que estava duvidando e estando duvidando
ele sabia que estava pensando e assim formula o famoso “Penso, logo existo.” Para Descartes, essa seria uma verdade absolutamente firme, certa e segura,
que, por isso mesmo, deveria ser adotada como princípio básico de
toda sua filosofia. Era sua base, seu novo centro, seu ponto fixo.
Descartes, desenvolve todo um
método dividido em quatro passos: intuição, análise, síntese e enumeração completa. Primeira regra é a evidência: “só aceitar aquilo que aparecer como evidente e tão somente aquilo que é
evidente”. A segunda é a regra da análise:
"dividir cada uma das dificuldades
em tantas parcelas quantas forem possíveis". Na prática da nossa vida
esta regra pode ser também observada ao analisar os elementos de uma
determinada situação a ser resolvida. A terceira é a regra da síntese: "concluir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais
simples e mais fáceis de conhecer para, aos poucos, ascender, como que por meio
de degraus, aos mais complexos". Sempre partindo do mais fácil para o
mais difícil para poder numa ordem poder ir indo progressivamente em direção a
uma realidade mais complexa. A última é a dos "desmembramentos tão
complexos... a ponto de estar certo de nada ter omitido". Ou seja, revisar
todos os elementos para não restar nenhuma dúvida.
Já Blaise Pascal é um
filósofo da modernidade que procurou estabelecer uma defesa da existência de
Deus argumentando na aposta. Não podemos provar se Deus existe, mas mesmo assim
devemos apostar na sua existência.
Pascal diz que nada
perderemos se apostar na existência de Deus, se Ele existir teremos ganhado
tudo; caso não exista teremos vivido bem. Pascal também é o filósofo que afirma
que “o
coração tem razões que a própria razão desconhece”, desse modo podemos
afirmar a importância não apenas da racionalidade, mas também da dimensão da
educação na dimensão afetiva.
Portanto, se para
Descartes o pensamento surge como fundamento da própria existência humana em
Pascal é feita uma crítica ao pensamento cartesiano tido como “geométrico”.
Pascal propõe o espírito de finura, defendendo a dimensão afetiva do ser humano.
Quando olhamos a atualidade e a prática da vida podemos nos perguntar se nas
nossas decisões seguimos o coração ou a razão? Ou se dois são contraditórios,
sendo contraditórios eles serão ou não complementares? O coração símbolo das
nossas emoções deve ser tomado em consideração ou devemos ser frios nas nossas
decisões?
Parece-nos oportuno
integrar o coração e a razão a fim de estarmos realizando a nossa vida de
maneira efetiva para nos realizarmos como pessoas humanas.
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