Hoje, 19 de Agosto de 2016, comemoram-se os
354 anos da morte de Blaise Pascal. Pascal morreu aos 19 de agosto de 1662 com apenas 39 anos e deixou uma
obra prodigiosamente fecunda tanto no domínio das ciências, da filosofia, da
política e da teologia, tendo escrito nos últimos anos de sua vida uma Apologia
ao Cristianismo. Algumas fontes apontam para a causa da morte como
tuberculose, mas foi feito uma necrópsia em seu corpo e foi detectado graves
problemas de estômago e foi constatado que seu cérebro estava bastante
danificado, o que se sugere um câncer de estômago que se alastrou até o
cérebro. Em vida, Pascal sofria fortes dores de cabeça e de fato ele teve os
sintomas de tuberculose antes da morte.
NASCIMENTO: 19
de Junho de 1623 - Clermont-Ferrand, França.
MORTE: 19 de
agosto de 1662 - Paris, França.
CAUSA DA
MORTE: Câncer no estômago.
De nacionalidade francesa, Blaise Pascal Pascal, matemático, físico, inventor, escritor e filósofo cristão. Foi uma criança "prodígia" que foi educado pelo pai. Os primeiros trabalhos dele foram em ciências naturais e aplicadas onde ele trouxe contribuições importantes ppara o estudo de fluídos e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo. generalizando o trabalho de Evangilista Torricelli. Pascal também escreveu em defesa da religião, sua obra mais importante é de caráter teológico conhecido como Pensées (Pensamentos) publicada após sua morte. Pascal é listado como um dos melhores polemistas franceses de sua época, especialmente e, em particular, pela sua falta de artificio, ele impressionava seus leitores com o uso da lógica e pela força de sua dialética.
De nacionalidade francesa, Blaise Pascal Pascal, matemático, físico, inventor, escritor e filósofo cristão. Foi uma criança "prodígia" que foi educado pelo pai. Os primeiros trabalhos dele foram em ciências naturais e aplicadas onde ele trouxe contribuições importantes ppara o estudo de fluídos e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo. generalizando o trabalho de Evangilista Torricelli. Pascal também escreveu em defesa da religião, sua obra mais importante é de caráter teológico conhecido como Pensées (Pensamentos) publicada após sua morte. Pascal é listado como um dos melhores polemistas franceses de sua época, especialmente e, em particular, pela sua falta de artificio, ele impressionava seus leitores com o uso da lógica e pela força de sua dialética.
Educação de Pascal
O pai de Blaise Pascal, Étienne Pascal, teve uma educação
ortodoxa e decidiu educar seu filho na mesma direção. Ele decidiu que seu filho
não devia estudar matemática antes dos 15 anos, por isso, todos os materiais
foram retirados de sua casa. Pascal, no entanto, era curioso sobre tudo isso e
começou a trabalhar em geometria com a idade de 12 anos. Ele descobriu que a
soma dos ângulos de um triângulo são dois ângulos retos. Quando seu pai
descobriu isso cedeu e deu Pascal um texto de Euclides.
Pascal Cientista
Pascal foi educado por seu pai, que lhe deu
uma formação científica e humanística, mas, inicialmente seu interesse estava
focado em matemática e física. Aos 14 anos ele participava de reuniões
científicas do Padre Mersenne que pertencia a ordem religiosa dos Mínimos e sua
casa em Paris era um ponto de encontro frequente para Fermat, Gassendi, e
outros intelectuais. No entanto, ele não manifesta tanto interesse em ciência
como Descartes; muito mais cético sobre o possível alcance do nosso
conhecimento sobre a natureza, concebia a ciência como uma atividade destinada
a apontar resultados aproximados de alguma coisa, capaz de orientar a ação
humana, mas não é capaz de expressar a essência última das coisas. Aos 16 anos,
ele escreveu seu "Ensaio Sobre as Cônicas", com a idade de 18
inventou uma máquina de calcular e realizou inúmeros experimentos científicos
expostos no "Tratado sobre o peso da massa de ar" e o "Tratado
Sobre o Equilíbrio dos Líquidos”. Seus trabalhos são relacionados com problemas
diversos da matemática e da física, o trabalho influenciou decisivamente o
posterior desenvolvimento da ciência do seu tempo.
Ele pode ser considerado como o fundador do
cálculo das probabilidades, formulado em 1654 como Geometria do Acaso em sua
correspondência com Fermat. O Tratado do Triangulo Aritmético, prolonga essas
ideias e mostra a importância do triângulo em questões como o cálculo combinado
e o cálculo da potência de um binômio. A partir dessa data, ele interrompeu
quase completamente seu trabalho científico, embora ele contribuiu em 1658 com
outra obra fundamental "Lettres A. Dettonville contentant quelques unes de
ses invenções de geometrie" que resolve vários problemas relacionados com
a ciclóide que tinha proposto aos mais importantes cientistas de sua época e
nenhum deles conseguiu desvendar.
Seu pensamento é determinado pelo seu status
de cientista que desconfia da razão para abraçar os problemas fundamentais da
vida e sua profunda religiosidade onde encontra a salvação para não cair na
filosofia do absurdo. Isso o leva a admitir dois princípios do conhecimento: o espírito
geométrico (razão), orientada as razões científicas e o espirito de finesse
(coração), que são na forma de intuições princípios básicos para a compreensão
da vida e até mesmo os princípios fundamentais que começa toda a ciência.
Pascal filósofo e
teólogo
Sua doutrina filosófica é destinada a uma
Apologia do Cristianismo. Em 1646 entra em contato com a religião através das
obras de A. Arnauld. Converteu-se ao jansenismo e arrastou com ele toda a sua
família. Em 1654, após um período dedicado à vida mundana, acontece a segunda
conversão como resultado de uma segunda experiência religiosa que ocorreu na
noite de 23 de Novembro do mesmo ano. Ele intensificou sua religiosidade e
juntou-se à comunidade dos solitários de Port-Royal. A partir deste centro
religioso e intelectual foi realizada uma série de polêmicas com os jesuítas,
em torno do pecado e da graça, onde interveio Pascal com a publicação das
suas famosas "Cartas Provinciais" verdadeiros monumentos da
literatura francesa e mundial. A sua filosofia é um tratado contra o
intelectualismo cartesiano, cuja finalidade foi exclusivamente apologética,
podemos citar a teoria das duas faculdades de conhecimento, sua ideia do homem
como situado entre dois infinitos, superando o ceticismo e o paradoxo humano
pela fé, sua teoria de que o valor supremo é a santidade suas concepções são
principalmente expressas nas Cartas de "Louis de Montalte" a um
provincial sobre a moral, política e religião.
De acordo com Pascal, razão e coração são
dois caminhos igualmente válidos do saber, e talvez o segundo é superior à
abstração racional, como expõe, dizendo: "Conhecemos a verdade não só com
a razão, mas também com o coração" e "o coração tem razões que a
razão não conhece". Ambos conduzem a verdade, mas com lógica e mecanismos
diferentes. Através do coração a realidade é atingida em sua singularidade e
mesmo Deus se manifesta ao homem através do coração. Nesta demonstração e
aceitação de Deus através do coração Pascal chama de fé, princípio necessário
para viver como homens e alcançar a divindade. Mediante esta fé e este
conhecimento por sentimento não se opera só como uma parte do homem, como
ocorre com o conhecimento abstrato e racional.
No entanto, a fé e a captação de Deus é o
mais importante para a vida do homem, mas, não é concedida gratuitamente e sem
esforço, há que buscá-lo com determinação. Esta busca é realizada com base no
reconhecimento da grandeza e da miséria do homem, que está entre o infinito e
do nada. O ponto de partida é, portanto, reconhecer os limites que o homem se
encontra. Tal reconhecimento é sempre doloroso e uma prova disso é a
"diversão" pela qual o homem chega a uma extroversão ou diversão,
para escapar de si mesmo. O homem precisa voltar para si mesmo, e, reconhecer
suas próprias limitações, buscar a Deus e aceitar as razões do coração que o
colocou em contato com Ele.
Pascal Político
A reflexão política de Pascal incide sobre
aquilo que os homens não deixam de apresentar no espaço social, ou seja,
signos, visando legitimar sua autoridade face aos demais. Ele é considerado um
extraordinário teórico da política, mas ainda desconhecido, uma vez que, seu
pensamento político encontra-se dissolvido em diversos fragmentos na sua obra
maior, Pensées, (Pensamentos), e por isso, durante muito tempo sua erudição
política permaneceu desconhecida do grande público. Pascal se vê na pele de um
sociólogo e político, um cidadão integrado na sociedade de sua época preocupado
com a política e com os governantes, que no final da sua vida pronuncia
palavras que mais tarde seriam transformados na obra que hoje conhecemos como
“Os três Discursos sobre a condição dos Grandes”.
Pascal analisa o mistério que marca a
condição humana, revelando “uma sensibilidade aguda para o fato de que o homem
parece ser, um ser que, quando exposto a demasiada luz, se dissolve”. O
conhecimento das coisas é um conhecimento do meio (milieu), isto é, um
conhecimento das aparências. Ele submete todo tipo de atitude e conhecimento a
uma contingência irremediável. o que nos leva a verificar que a
"insuficiência humana" é algo passível de ser constatada de forma
empírica em todas as dimensões da vida humana. "A hipótese explicativa do
mito da queda é uma forma de iluminar um fato que por si só se impõe", ou
seja, o ser humano é empiricamente corrompido.
Sobre a matéria dos “grandes”, presente nos Três
discursos Sobre a Condição dos Grandes, editados postumamente por Pierre
Nicole, pode-se concluir que, ao contrário de alguns, temerosos de um Pascal
revolucionário, seu discurso político é legitimado pelas bases clássicas, que são
claras em autores anteriores. Para Pascal, prevenir qualquer revolta é a
garantia da paz no Estado. Para tanto, não basta a arte do bem governar: é
preciso usar a força. Ora, como a força não se deixa manipular por se tratar de
uma qualidade palpável, ao passo que a justiça se presta a isso, por ser uma
qualidade espiritual, manipula-se a justiça para justificar a força. Esvaziado
o velho conceito de justiça: "dar a cada um o que lhe é devido", esta
passa a ser o disfarce da força. Os homens passaram a conviver em paz, apesar
da concupiscência. Mas, para que essa convivência seja pacífica, é preciso
adequar a justiça ao reino da concupiscência.
Pensées (Pensamentos) de Pascal
A obra Pensamentos é de autoria de pascal,
mas o título foi conferido pelos editores que publicaram o texto após a sua
morte. Toma-se como edição mais importante a de 1670, que já aparece com a
indicação de 2ª edição, porque no ano anterior havia sido publicada a primeira,
mas com pequena tiragem e restrita ao seu conteúdo. Isso não é difícil de
explicar, uma vez que pascal deixou como textos inéditos grande número de
pastas contendo ideias, reflexões, pensamentos opiniões lançados no papel sem
ordem alguma que o faziam parte de um projeto de um livro destinado a fazer uma
apologia da religião cristã. Ante a morte permatura de pascal, célebre como
cientista e pensador, os editores se empenharam em publicar seus escritos, mas
se depararm com um acumulo impressionante de esboços, textos dispersos e
muitos, inclusive, incompletos e interrompidos. Decidiram, no entanto, publicar
a obra. conferindo certa ordem às anotações do autor, e concordam em dar à obra
o título de pensamentos.
Por essas razões, as primeiras edições
divergem entre si. Além do mais cada editor conferia aos papeis deixados pelo
autor a ordem que bem entendia e acrescentava alguns pensamentos a mais que o
outro. Depois de dois séculos de diferentes edições, apareceu em 1897 a edição
de Brunschvicq, considerada como definitiva durante décadas por muitos
pesquisadores e estudiosos. Em 1951, porém, a questão foi reaberta com a edição
de Lafuma, organizada de forma diferente, embora o conteúdo fosse o mesmo. As
edições posteriores de outros editores respeitam ora uma ora outra das duas
anteriores, com diferenciações irrelevantes. Ad edições desses últimos anos
reproduzem a de Brunschvicq, indicando a numeração dos pensamentos constante
daquela de Lafuma, ou vice versa.
Referências:
CASTILLO, Carlos. El Legado
de Blaise Pascal. Publicada em 14 de dezembro de 2011. Disponível em: < http://ellegadodeblaisepascal.blogspot.com.br/>,
acessado em 19/08/2016.
ROCHA,
Arlindo Nascimento. Uma Leitura Atual
Sobre a Construção Política e Social na Filosofia de Blaise Pascal. In:
Rev. Parlamento e Sociedade. São Paulo, v. 2 n. 3, p. 53-69, jul./dez. 2014.
Disponível em: < http://www.camara.sp.gov.br/escoladoparlamento/wp-content/uploads/sites/5/2015/05/REVISTA_PARLAMENTO_SOCIEDADE_2015_WEB.pdf
>, acesso em 19/08/2016.
SILVA, A. G. PASCAL: Cientista e Filósofo Místico. São Paulo: Lafonte, 2011. (Coleção
Filosofia Comentada).
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