" O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza. Mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota, de água, bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria mais nobre do que quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso"
"Tédio é aquele fantasma que fica atrás da porta e a
qualquer momento pode nos encontrar. E como tentamos escapar dele? Procurando
desesperadamente por diversão. Blaise Pascal já previa que, no futuro, seriamos
dominados por lazer, barulho e juventude. Para o filósofo e escritor Luiz
Felipe Pondé, Pascal acertou em cheio".
O SER HUMANO NÃO PASSA DE DISFARCE, MENTIRA E HIPOCRISIA
Andrei Venturini Martisn
"Imagine se todos os homens
resolvessem falar a verdade. Isso seria possível ou ao menos suportável? Para o
filósofo Blaise Pascal o ser humano nada mais é do que disfarce, mentira e
hipocrisia. O professor e autor Andrei Venturini Martins discute, nesse vídeo,
a necessidade de mentir e o fato da verdade ser insuportável".
AS VERTIGENS DA RAZÃO E O MISTÉRIO DA FÉ - KERKEGAARD E PASCAL
Franlin Leopoldo e Silva
"Pascal e Kierkegaard, que viveram tempos muito
distintos da história da Europa, partilhavam a experiência radical de uma razão
que, em seus desdobramentos, atinge enfim seus limites, seus abismos, e não se
detém em suas bordas, mas neles se precipita corajosamente. A aposta de Pascal
e a ironia de Kierkegaard não são apenas criações teóricas geniais, mas
sobretudo experiências vividas, vertigens da razão que, com temor e tremor,
confronta os mistérios do sagrado e da fé".
PASCAL, FIDEÍSTA?
Flávio Fontenelle Loque
"Conferência 'Pascal
Fideísta' do professor de história da filosofia moderna da UNIFEI Flávio
Fontenelle Loque no II Colóquio sobre Ceticismo realizado na Biblioteca
Nacional.
[...] Numa entrevista a Revista CULT (2010) o filósofo, Luiz
Filipe Pondé, afirma que, “na França, Pascal é muito conhecido e estudado, mas
fora não tanto. Na Inglaterra e no Japão existem alguns scholars pascaliano,
mas, existem poucos trabalhos importantes publicados sobre Pascal fora da
França”.[1] Em
França podemos destacar alguns autores que ao longo dos anos dedicaram ao
estudo de sua obra como Jean-Louis Bischoff, Henri Gouhier, Gérard Lebrun,
Jacques Attali, Zacharie Bere, entre outros. No Brasil conhecemos algumas
traduções desses autores, mas, contamos também com alguns scholares pascalianos
e uma crescente produção acadêmica (artigos, dissertações e teses) nos últimos
anos. Entre esses scholars podemos destacar os seguintes: Jackson de
Figueiredo, Franklin Leopoldo e Silva, Luis Felipe Ponde, Luis César Olívia
Guimarães, Ivinil Parraz, Andrei Venturini Martins, entre outros [...] (ROCHA, A.N.2016, p. 8).
[1]PONDÉ,
Luiz Felipe. Na trajetória e obra do francês Blaise Pascal é impossível pensar
sem a presença de Deus. Revista Cult – Meditações. São Paulo, 2010, março de
2010. Disponível no seguinte endereço eletrônico: <
http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/meditacoes/ >. Acesso em
11/11/2014.
Andrei Venturini Martins, é um estudioso da obra Pascaliana, é "Graduado em Filosofia
(2003), possui mestrado em Ciência da Religião (2006) e doutorado em Filosofia
(2011), ambos pela PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO. Realizou na
UNIVERSITÉ DE CAEN BASSE-NORMANDIE, no período de um ano (maio/2010 -
maio/2011), o estágio de bolsa sanduíche financiado pela CAPES, a fim de
elaborar a seguinte tese: "Amor Próprio e Vazio Infinito: uma análise do
homem sem Deus em Blaise Pascal". Atualmente é professor no INSTITUTO
FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS (IFSULDEMINAS)
e membro da "Associação Brasileira de Filosofia da Religião" [http://www.escavador.com/sobre/5612279/andrei-venturini-martins].
Andrei foi convidado
diversas vezes para falar sobre a filosofia de Blaise Pascal no programa “A
Hora da Coruja” apresentado pelos filósofos: Paulo Ghiraldelli e Francielle
Chies,entre 2013 a 1015.
ESTADO DA ARTE
"Hoje, Blaise Pascal é um
pensador canônico não só para a história da ciência, como também da filosofia e
da teologia. Menino prodígio, místico e um dos maiores polímatas de todos os
tempos, seus Pensamentos reúnem, por vezes em um único fragmento, intuições
ainda hoje fecundas para os campos da matemática, física, psicologia, pedagogia
e sociologia, comunicadas no estilo caracteristicamente conciso e límpido que
elevaria esse rematado frasista a uma posição única no panteão da literatura
francesa" [...] (http://oestadodaarte.com.br/pascal/).
Numa entrevista a Revista CULT (2010) o filósofo, Luiz
Filipe Pondé, afirma que, “na França, Pascal é muito conhecido e estudado, mas
fora não tanto. Na Inglaterra e no Japão existem alguns scholars pascaliano,
mas, existem poucos trabalhos importantes publicados sobre Pascal fora da
França”. Em França podemos destacar alguns autores que ao longo dos anos
dedicaram ao estudo de sua obra como Jean-Louis Bischoff, Henri Gouhier, Gérard
Lebrun, Jacques Attali, Zacharie Bere, entre outros. No Brasil conhecemos
algumas traduções desses autores, mas, contamos também com alguns scholares pascalianos
e uma crescente produção acadêmica (artigos, dissertações e teses) nos últimos
anos. Entre esses scholars podemos destacar os seguintes: Jackson de
Figueiredo, Franklin Leopoldo e Silva, Luis Felipe Ponde, Luis César Olívia
Guimarães, Ivinil Parraz, Andrei Venturini Martins, entre outros.(ROCHA, A. N. 2016).
A POLÍTICA EM PASCAL
"A reflexão política de
Pascal incide sobre aquilo que os homens não deixam de apresentar no espaço
social, signos, mais geralmente sobre os signos cujo jogo, troca, composição,
circulação constitui a própria vida desse singular domínio; ela é imediatamente hermenêutica, interrogação
sobre a maneira de interpretar esses signos que, todos, podem sê-lo. Assim,
esses signos exteriores de respeitabilidade, que, em grande quantidade os
magistrados ostentam: suas roupas vermelhas, seus arminhos, com que se envolvem
os palácios onde julgam, as flores de lis, todo esse aparato augusto era muito
necessário". [...](ADORNO, 2000, p. 117).
Programa publicado em 18 de dezembro de 2015
A FILOSOFIA DE PASCAL
"Pascal
viveu no século XVII, que foi um século de profunda luta entre a inteligência e
a repressão, onde se inaugura a Filosofia Moderna, com a solidificação do
conceito de subjetividade, com o surgimento da moderna epistemologia e a
ruptura com a doutrina Escolástica. Em seu seio, originam-se duas escolas ou
doutrinas epistemológicas que se contraporiam pelos séculos seguintes: o
empirismo, com Francis Bacon, e o racionalismo, com René Descartes.Na França,
transcorriam as disputas religiosas e os entrechoques entre escolas de
pensamento. Espírito profundamente intuitivo, Pascal sentiu e sofreu as
contradições de seu tempo: empirismo x racionalismo, razão x fé, ciência x
religião. Foi um homem de espírito sintético. Transcendeu as oposições entre
empirismo e racionalismo nascentes. Viveu e integrou os impulsos da razão e da
fé, da ciência e da religião. Buscou, assim, conciliar e harmonizar tendências
que se opunham em seu tempo, integrando-as em uma construção superior do
conhecimento".[http://www.institutopascal.org.br/visao/institucional/blaise-pascal.php]
Programa exibido no dia 16 de abril de 2013
O ÓCIO E O TEMPO LIVRE
“Pascal já falava sobre o
ócio como a distração de si. Pascal tinha consciência de que o homem sem alguma
atividade iria secar de tédio. Ele, escreveu: "Quem suporta ficar em um
quarto vazio de braços cruzados?". Pascal escreve isso para mostrar que o
verdadeiro pensador consegue lidar consigo mesmo, mesmo sozinho, justamente por
ter trabalhado para si mesmo, como uma distração de si. Em nosso dias, a maioria
das pessoas trabalha quase um dia inteiro para não produzir nada além do que
seus chefes querem que produza para eles mesmos”. (Recanto das Letras, 28/11/2015).
Programa publicado em 05 de agosto de 2014
PASCAL E O TRÁGICO
"Lê-se nos manuais que Pascal trata da condição miserável
do homem, dilacerado entre o nada de onde saiu e o infinito que o envolve,
incapaz de compreender seu princípio bem como seu fim. Vejamos o que isto
significa: antes de tudo, que a única compreensão real ao alcance do homem
pascaliano é a de ser superado por infinitos que ele não pode fixar, mas que
sente serem irremediavelmente necessários para a compreensão do mundo e de si
mesmo. Afinal, o homem é uma parte do todo, a qual tem infinitas relações com
as outras, de modo que a compreensão da parte implica conhecer o todo em que se
insere. Na dura visão de Pascal, o homem é profundamente infeliz pois só
um bem infinito, e portanto inabarcável, poderia satisfazer seus anseios. De um
lado, se a imaginação disfarça esta necessidade de infinitude, o homem perde-se
inutilmente nos bens materiais, sofrendo contínuas decepções. De outro,
se compreende esta necessidade (através da humilhação que sente ao ser
superado), percebe sua incapacidade de sequer imaginar o infinito. “Por mais
que ampliemos as nossas concepções e as projetemos além dos espaços
imagináveis, concebemos tão somente átomos em comparação com a realidade das
coisas. Esta é uma esfera infinita cujo centro se encontra em toda parte e cuja
circunferência não se acha em nenhuma.” Luís César Oliva."Filosofia CULT".
Programa publicado em 24 de abril de 2013
Livros publicados/organizados ou edições
MARTINS, Andrei Venturini. Comentário e Tradução da obra
"Discurso da Reforma do Homem Interior" de Cornelius Jansenius. 1.
ed. São Paulo: Filocalia, 2016. v. 1. 128p.
MARTINS, Andrei Venturini. A Verdade é Insuportável:
ensaios sobre a hipocrisia. 1ª. ed. São Paulo: Editora Garimpo, 2015. v. 1.
140p .
Nessa
três vídeo aulas sobre o pensamento de Blaise Pascal, nos dá uma
visão ainda que introdutória, mas, bastante elucidativa, uma vez que,
inicialmente traça uma possível trajetória dos pensamentos que corroboram com
perspectivas contemporâneas, como o existencialismo. Fala-se também sobre a
natureza humana, principalmente da natureza decaída, que fundamenta a
antropologia existencialista pascaliana,e, termina mostrando que o homem, não
conseguindo por suas forças sair do estado de indigência, pode, reconhecer seu
nada existencial, e apostando sua finitude com vistas à infinitude, conhecer a
Deus sensível ao coração e tornar-se disponível para que Ele através de sua
graça restaure-o à sua primeira natureza. Eis o desfecho do drama existencial
do homem proposto por Pascal.